terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Nova onda de terror

Conhecido como Estado Islâmico ou Estado Islâmico do Iraque e do Levante pela mídia ocidental, é um grupo  jihadista do Oriente Médio que impõe sua doutrina de forma radical e que possui táticas violentas. Autointitulado como Estado, ele traduz seu pensamento como o verdadeiro califado.  (a expressão califado significa o herdeiro do novo regime de governo que passou a existir após a morte do profeta Maomé)

Em sua origem, o Estado Islâmico foi idealizado pelo grupo muçulmano Al-Quaeda após o atentado de 11 de Setembro. Seu principal objetivo é construir uma autoridade religiosa sobre todos os muçulmanos do mundo. Seu ideal é assumir o controle das regiões de maioria Islâmica no Oriente Médio. Sua ideologia é explicita quando se trata de combater a influência Ocidental na cultura Islâmica, tenta reduzir ao máximo qualquer ligação que possa existir na população moderna. Nações independentes julgam o grupo Estado Islâmico como uma entidade terrorista e tentam combatê-la ao máximo.

Após ser feita tal análise, é preciso contextualizar esse grupo com os acontecimentos que repercutiram na mídia mundial. Através de um vídeo que circulou o mundo todo em questões de segundos, um membro do grupo radical executou de forma brutal o jornalista norte americano James Foley. A decapitação foi um sinal de que o grupo militar radical não aceitaria ameaças vindas de países Ocidentais contra os ataques efetuados no Oriente Médio. Cerca de um mês depois, outro vídeo foi divulgado e dessa vez a vítima foi outro jornalista, porém agora de origem britânica.  Steven Sotloff correspondente da BBC teve que repetir as palavras que seu algoz ordenou e depois teve o mesmo fim do seu colega norte americano. Muito mais do que um sinal de aviso, tal atitude feriu qualquer noção de direitos humanos.

Dois fatos que chocaram os governos, a população e a mídia: as vítimas foram jornalistas sequestrados no Oriente Médio e o forte sotaque dos membros radicais que apareceram nos vídeos. Por que foram esses os alvos? Qual é a melhor forma de conseguir chamar atenção na atualidade? A mídia. Ela é capaz de atrair qualquer visão ou opinião de todos ao redor do mundo. Uma vez atingida, ela não poupa forças para solucionar ou investigar um determinado fato.

O segundo item aqui exposto é que cada vez mais grupos radicais atraem jovens ocidentais para a sua causa de luta. Rapidamente identificados, os homens que surgiram nos vídeos possuíam sotaque britânico. Colônias familiares vindas da região de conflito armado passaram a ocupar o continente Europeu e a América no Norte e assim formaram uma nova vida. Passado o tempo, jovens sem perspectivas sociais passaram a ver tais movimentos como algo interessante, muito mais do que isso, viram através de atentados uma ideologia para seguir.

Esse é o exército que o grupo Estado Islâmico conta. Não existem mais fronteiras para o combate. Através de um vídeo, um grupo terrorista pode atrair membros para o seu movimento.
Tendo como principal objetivo combater qualquer influência Ocidental na sua cultura, o Estado Islâmico se contradiz em um ponto. Ao utilizar ferramentas como a internet e o poder de repercussão que a mídia possuiu, tal atitude fere seus fundamentos básicos, mas, dessa forma o grupo alcançou seu objetivo que é estar sempre em pauta. As utilizações desses meios são fundamentais para a formação de um círculo vicioso de medo e terror.

A expressão Estado Islâmico está presente em qualquer jornal diário do mundo. Qualquer ato dos EUA contra o grupo radical ou vive-versa é notícia que mais repercute na agenda de governos ou meios de comunicações.
Cabe aqui à reflexão, qual é o impacto da força de uma notícia para a sociedade?