A eleição de 2014 sem dúvida
ficará marcada pelo embate que dividiu o Brasil e, além disso, por mostrar que
a realidade política não representa o que a sociedade vê. A presidente
reeleita, Dilma Rousseff, será responsável por colocar o Brasil no rumo
político e econômico nos próximos quatro anos. Do outro lado, Aécio Neves e
Marina Silva terão a missão de fazer oposição e representar a voz daqueles que
não votaram no PT.
Fora do ambiente de disputa
eleitoral, a realidade, mesmo que por certo tempo esquecida, é que o Brasil
deixou de crescer principalmente nos dois últimos anos e sente a forte recessão
econômica.
O ponto forte da campanha de
Dilma foi combater a oposição com mentiras de crescimento e que, se eleito,
Aécio iria prejudicar os mais pobres com taxas de juros e acabaria com os
programas sociais já consolidados. Ela, amparada pelo PT, maquiaram o que o
Brasil sente na pele: alta do desemprego, recessão econômica, perda dos
investidores, aumento da inflação e desvalorização no mercado exterior.
Não é
questionável o que ex-presidente Lula conquistou para o país em seu mandato,
contudo, o fruto do belo desempenho era que a China, em forte expansão,
dependia das commodities, elas, por sua vez, são representas pelo o minério de
ferro e a soja. Esse termo significa produtos de baixos valores agregados e tem
como exemplofrutas, legumes, cereais, minérios e alguns metais. O tempo passou
e os valores dessas riquezas caíram. O que era favorável passou a pesar na
conta externa do país, apesar disso, não era essa realidade que seria repassada
aos eleitores.
Após eleita, Dilma mostrou
que regularia as contas brasileiras, porém, não deixou de usar, o que segundo
ela, seriam práticas impopulares utilizadas pela oposição caso fosse vencedora.
A taxa de juros logo foi modificada e o maior sinal de mudança foi feito quando
a presidente nomeou Joaquim Levy como Ministro da Fazendo, lugar anteriormente
de Guido Mantega que fez de tudo para fantasiar a economia. Levy logo de cara
surpreendeu a todos. Formado como engenheiro, ele representa um sinal de
austeridade para o governo que tanto gastou e aproveitou da boa fase. Tal
atitude parece ser de início inovador porque o novo Ministro já causou empatia
em boa parte dos integrantes do PT.
Joaquim
Levy se afasta do padrão esperado pela ala esquerda já que é amigo de Armínio
Fraga, ex-ministro de FHC e postulante a cargo com Aécio Neves. Quem assume
também o comando econômico de Dilma Rousseff é Nelson Barbosa como Ministro de
Planejamento. Outro nome que se difere do padrão conhecido pelo PT e sinaliza
uma boa opção para o futuro. Outro problema grave que o Brasil enfrenta é o
envelhecimento tecnológico das empresas e manufaturas locais.
O processo de
industrialização no país se desenvolveu principalmente com Vargas e Juscelino
Kubitschek, isso na década de 50 e 60. O tempo passou e hoje, o Brasil não é
exemplo de inovação porque importa inovação ao invés de produzir. Países que
tiveram um processo de industrialização muito forte como os Tigres Asiáticos se
tornaram potências na produção de equipamentos e produtos. É necessário ter um
investimento maciço na educação e na profissionalização para que assim a
indústria passe a ser eficiente e competitiva.
Os principais investidores
que apostam no Brasil já reagiram com otimismo à alteração feita no comando
econômico. Essa nova equipe já garantiu que será feito um aumento dos impostos
de produtos importados; CIDE , relacionando ao combustível e também será feito
um abono salarial.
Agora, cabe aos novos
representantes colocarem o Brasil nos eixos trabalhando com rigidez e
competência. A nova equipe econômica deve sinalizar uma mudança rápida e eficaz
para que daqui dois anos, o país volte a se mostrar forte. Já que esse
intervalo de otimismo irreal e “crescimento negativo” que Dilma produziu no seu
primeiro mandato não parecem ser tão simples de resolver.
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